Hellboy vem reformulado, no formato de reboot, e muda ator, diretor e um pouco da linha cinematográfica da trilogia. Um dos pontos maiores é a mudança do ator, que conseguiu enfrentar esse obstáculo. A maioria do público via Ron Perlman como a pessoa perfeita para o papel do vermelhão. Porém, David Harbour cumpriu muito bem os requisitos e criou um monstro convincente.
Dirigido por Neil Marshall, o desfecho desta trilogia contou com efeitos bem produzidos e muito perto do realismo. As criaturas são bem-feitas, o elo entre as maquiagens e a computação gráfica são limpos.
Neste contexto todo, os fãs acostumados com o Guilherme Del Toro na direção, encontra um Hellboy totalmente reformulado e desconexo com o estilo da primeira vez que saiu dos quadrinhos para a telona.
O reboot é sobre a infância do vermelhão com muito mais sangue por conta do novo diretor. Uma bruxa é pega pelo Rei Arthur e literalmente dividida em pedaços espalhados pelos cantos do mundo durante muitos anos. Até que um de seus servos quer revivê-la e para isso precisa do Hellboy. A história começa a partir daí e existe uma parte dos personagens que querem pegar o herói e outra que quer defende-lo.
Tem uma linha temporal um pouco divergente e recomeça a história inteira para se separar dos outros filmes da franquia. Mostra bem antes da história já contada e tem bastante explicação, monólogos para contar o passado. Além de muitos cortes desnecessários.
Apesar da overdose de informações e de visivelmente caber mais para uma série de TV, é recomendado… As histórias podem se completar e o público saberá um pouco mais deste herói conhecido pelo humor, sangue e sensibilidade.
Texto escrito pelo cineasta Daniel Bydlowski ao Jornal A Crítica.